A gênese da Família Natural

A família natural nasce da união de um homem com uma mulher e seus filhos. Foi a primeira instituição criada por Deus (Gênesis 1.26-28). Deus atribuiu a ela um conjunto de responsabilidades individuais e coletivas, relacionadas ao próprio ambiente familiar e com implicações na sociedade como um todo. Deus atribuiu-lhe o dever de procriar, multiplicar e povoar a terra. Tudo o que não estiver inserido nessas três prerrogativas, como o divórcio, é, portanto, “odiado” por Deus.

A família é unidade de procriação. É por meio dela que surgem sociedades e Nações, e é com base nela que essas Nações se sustentam ao longo do tempo. Os filhos são heranças do Senhor, galardões de Deus (Sl 127), e não fardos para pais e mães, como tem sido disseminado por aqueles que atacam a família natural.

Além de ser a unidade de procriação, a família natural consiste no lugar primário da educação das crianças. Os pais são ordenados por Deus para educar seus filhos (Dt 6.4-7). Em Israel, as crianças Judias eram ensinadas em casa até os 8 anos e, entre [os] 8 e 13 anos, recebiam instrução direta de levitas e sacerdotes, na forma de tutoria (IICr 17.7-9; Gl 4.1,2). A educação não cabia ao Estado e sim à família e aos líderes espirituais (Gn 18.19; Pv 22.6; Sl 78.5; Dn 1.4). O lar consistia na principal fonte de conhecimento e influência na formação do caráter e visão de mundo dos filhos, bem como o lugar de aplicação da disciplina e da correção (Ef 6.4), enquanto as autoridades espirituais eram responsáveis pelo ensino das leis de Deus.

A família natural é, por fim, unidade de cuidado e provisão, lugar primário de assistência social. Na perspectiva Judaico-cristã, compete à família os cuidados relacionados à saúde e às garantias sociais. Enquanto fonte de amor (Ef 5.22-33 e 6.1-4), a família consiste na primeira linha de proteção contra doenças, pobreza e ruína financeira. É ela a responsável pelo cuidado da saúde física (ITm 5.4, 8, 10, 16; Dt 15.7, 8, 11; 14.28-29) e financeira de seus membros (2Co 14.14, Pv 19.14, Dt 21.17).

Portanto, cabe à família formar crianças que contribuirão para a economia e o crescimento do país; cabe a ela educar a próxima geração de autoridades da Nação; cabe a ela oferecer cuidado e provisão para seus membros enfermos e idosos.

A família tem um papel chave e decisivo em toda Nação. Enquanto base de toda comunidade, o modelo familiar determina a configuração de uma sociedade. Qualquer transformação social passa e resulta de transformação na própria família e reflete o modelo gerado por essa família transformada.

Nota:

Este artigo é de autoria de Viviane Petinelli, idealizadora do Movimento Mulheres Conservadoras.

A publicação neste Portal foi autorizada pela autora e reflete a opinião da autora sobre o tema.